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quarta-feira, 19 de junho de 2013

Cromwell

Biografia de Oliver Cromwell







Inicia-se em 1628, quando o Parlamento impõe a Carlos I, da dinastia dos Stuart, a "Petição dos Direitos", que limita o poder da Coroa. Como resposta, o rei dissolve o Parlamento e governa sozinho durante 11 anos. A guerra civil começa em 1642. Oliver Cromwell comanda o exército parlamentarista, que manda decapitar Carlos I em praça pública. A República é instaurada em 1649 e, em 1653, Cromwell dissolve o Parlamento e exerce uma ditadura pessoal. Conhecimentosgerais.com.br


Oliver Cromwell nasceu em Huntingdon, no ano de 1599. Era um puritano, filho mais jovem, cujos pais haviam herdado terras monásticas, fruto do confisco da Reforma Protestante. Ou seja, seus pais eram pessoas influentes a ponto de poder receber e comprar terras, porém dependiam altamente que a Inglaterra continuasse como um país protestante.


Nessas condições Cromwell se formou como protestante radical. Foi forte opositor de Carlos I e do Papa, recebendo desde menino influência do pároco de sua região que compartilhava a idéia de que o Papa era o anticristo.


Quando jovem Cromwell recebeu educação de seu mestre Beard, o qual dizia que a propriedade privada era sagrada, mesmo que isso fosse contra os reis.


Cromwell possuía muitos parentes no parlamento: 12 primos na Câmara dos Comuns. Porém até os 40 anos de idade a Inglaterra como um todo nunca ouvira seu nome. Era apenas destacado na política local. Havia apoiado os pequenos proprietários contra a oligarquia e fez acordo em Londres para substituir o homem responsável pelas pregações em sua cidade o qual não agradava muito.

Tornou-se um homem de poucos preconceitos religiosos, tanto que indicava outras correntes religiosas para cargos como os anabatistas (uma das ramificações, rejeitavam o batismo das crianças por acreditarem ser ineficaz e submetiam seus adeptos a um segundo batismo por imersão) ou seja, possuía algumas inclinações “democráticas” embora tenha sido um ditador. Estimulava discussões livres e indicava oficiais baseando-se em mérito, o que era inédito no século XVII onde só gentleman conseguia isso. Seu regimento atraiu pessoas de Londres e de vários outros lugares, pessoas mais radicais.


O exército de Cromwell se distinguiu por ser disciplinado e pelo fato de as tropas acreditarem realmente no que lutavam. Assim, a sua cavalaria tornou-se a melhor da guerra civil, nunca tendo perdido uma batalha sequer. Conseguiu com sucesso a aprovação de uma resolução que dizia que todos os membros da Câmara dos Comuns ou da Câmara dos Lords que tivesse um posto de comando deveria renunciar, inclusive ele próprio. Foi criado um novo exército, para o qual, “curiosamente”, Oliver foi reindicado como comandante supremo. Esta reorganização do exército parlamentar, a criação de um outro modelo de exército, foi decisivo para que o parlamento vencesse a guerra. Assim livrou-se imediatamente das pessoas que não acreditavam na causa.

Em um ano a guerra foi vencida e Cromwell se tornou um dos homens poderosos no país graças a sua popularidade no exército, o qual pretendia manter unificado. Enquanto as tropas estivessem unidas ele poderia determinar o destino da Inglaterra.


De 1649 a 1660 seu país torna-se uma república. Neste período Oliver Cromwell se torna o personagem mais famoso da Inglaterra, até sua morte em 1658. Ele foi muito mais tolerante do que a maioria dos homens, embora tenha sido também selvagem e bruto. Não era um teórico, era um pragmático. Não tinha qualquer teoria, mas fazia as coisas acontecerem.


Presidiu a implementação dos primeiros passos da nova política imperial inglesa. Ele organizou a primeira expedição patrocinada pelo Estado para conquistar o Novo Mundo, visando as Índias Ocidentais e que, de fato, conquistou a Jamaica e ali estabeleceu a mais importante base da colonização inglesa no Caribe. Ele herdou uma frota muito grande que havia sido criada para vencer a guerra civil e para a qual também contribuiu. Estabeleceu o poder naval inglês no Mediterrâneo, quando o Almirante Blake livrou o Mediterrâneo dos piratas e tornou-o uma área lucrativa para os mercadores ingleses. Lutou em uma guerra contra a Espanha, e neste processo destruiu a base espanhola de pirataria em Dunquerque, a qual estava interferindo com o comércio inglês no Canal da Mancha. Fazendo tudo isso, Cromwell estabeleceu o poder marítimo inglês, utilizando-o para a expansão imperialista. E ainda estabeleceu o modelo para a política externa da Inglaterra para os próximos cento e cinqüenta anos.


Em 3 de setembro de 1658 Cromwell morreu de “febre”, tendo encarnado, vivamente, o ideal dos pequenos proprietários rurais. Foi enterrado na capela de Westminster, da qual foi exumado pelos monarquistas e depois enforcado e decapitado, numa funesta prova de ódio à República.

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