Destruído o sistema partidário democrático existente desde 1945, o
regime militar, a partir de 1965, com o Ato I-2, somente permitiu a
existência de duas associações políticas nacionais, nenhuma delas
podendo usar a palavra “partido”. Criou-se então a ARENA (Aliança
Renovadora Nacional), base de sustentação civil do regime militar,
formada majoritariamente pela UDN e egressos do PSD, e o MDB (Movimento
Democrático Brasileiro), com a função de fazer uma oposição
bem-comportada que fosse tolerável ao regime.
Da mesma forma que na República Velha recorria-se à Comissão de
Verificação dos Poderes do Congresso para afastar opositores
inconvenientes, o regime militar adotou o sistema de cassações de
mandatos para livrar-se dos seus adversários (foram 4.682 os que
perderam seus direitos políticos). Juntaram-se na ARENA lideranças
conservadoras e fascistas, enquanto os liberais e os escassos
trabalhistas sobreviventes dos expurgos, entraram para o MDB: situação
de congelamento que se prolongou por quase vinte anos
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