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quarta-feira, 1 de junho de 2016

Amor pós-moderno e o desejo de Amadurecer.

Sempre que se toca no assunto Romantismo ou Amor romântico, muitas pessoas se manifestam. Ao contrário do que parece, ainda nos sentimos extremamente afetados por essas questões. Uma das primeiras perguntas que nos fazemos é "Você ainda crê em romantismo?" As respostas variam diante das peculiaridades de cada um, mas a minha resposta é sim. Mas como os medievais, (sem ainda chegar no pós-modernismo) não creio que seja uma experiencia universal para todos. Apesar de ser encantador também é uma doença, perigosa. Uma doença do pensamento pode ser mortal na sociedade fragilizada contemporânea. 
As exigências de uma vida cheia de responsabilidades e compromissos fazem as pessoas amadurecerem, deixando de acreditar no amor romântico como uma criança deixa de acreditar no papai noel. Sobre isso Pondé enfatiza em uma de suas colunas de segunda "Nada é mais forte do que o desejo de estar com alguém a quem você se sente ligado, mesmo que a milhares de quilômetros de distância, sem poder trocar um único olhar ou toque com ela.
O erro dos modernos românticos teria sido a ilusão de que esse medievais imaginariam o amor romântico numa escala universal e capaz de conviver com um apartamento de dois quartos, pago em cem anos"
Mesmo depois de tanto tempo o amor continua a descrever um embate entre virtude e desejo. A desgraça de um casal apaixonado, é ter por medida o desejo de continuar apaixonado em meio a insuportável culpa de estar doente de amor. 
A questão principal é realmente a seguinte: As pessoas vão ficando mais velhas e começam a descrer no amor, enquanto as mais jovens se mantêm sempre em busca.
A classificação dessas pessoas mais velhas de 10 anos atras é totalmente diferente das de hoje. A crise dos 20 e poucos já nos fazem desacreditar em muita coisa. 

Essa crise não é mais que algo novo. Essa perspectiva do jovem é totalmente atual. O que consideramos como jovem na Idade Medieval não existe. Jovem é um conceito criado como invenção do enriquecimento do mundo, devido a sociedade de mercado. 
A conclusão é que um jovem hoje dificilmente viveria um amor romântico como o medieval. E sim adultos com suas responsabilidades, filhos, esses são os realmente candidatos a doença do amor.

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